sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CARTA COMPROMISSO DA TERCEIRA SEMANA SOCIAL DIOCESANA


"Este é o nosso país, esta é a nossa bandeira, é por amor a essa pátria, Brasil,

que a gente segue em fileira”.



Como o povo hebreu na noite da libertação, abrimos a Terceira Semana Social Diocesana na vigília do dia anterior às comemorações da "Independência do Brasil". No contexto da V Semana Social Brasileira, ao tratar-se da democratização do Estado – para que e para quem?, consideramos este processo como “um esforço conjunto das organizações sociais na defesa dos direitos humanos e da natureza como expressão da solidariedade e da profecia cristã”, conforme afirma a sua carta conclusiva.

Advindos de todos os recantos destas "terras sagradas do sertão", reuniram-se nos dias 06, 07 e 08 no CTL em Caetité lideranças comunitárias, agricultores, presidentes de associações, Sindicato da Agricultura Familiar, representações públicas – vice-prefeitos, vereadores, secretários e conselheiros municipais-, professores, movimentos populares, Levante Popular da Juventude, representante do Colegiado Territorial Bacia do Paramirim, advogados, engenheiros, Pastorais Sociais (CARITAS e Pastorais da Sobriedade, Educação, Criança, Migrantes), CASA, AATR, padres, religiosas, bispos enfim, homens e mulheres trazendo a história de suas lutas e conquistas, com a firme certeza de que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (GS, 1).

Imbuídos de tão grandes esperanças que brotam da indispensável ligação entre fé e vida, celebramos esta mesma mística, fazendo memória da caminhada de lutas e  esperanças, trazendo presente o chão da nossa história local, com todas as facetas de novas realidades, sendo novos também seus desafios, portanto impossíveis repetir fórmulas...

Neste contexto de rápidas mudanças sentimos, nos últimos anos, o esfriamento dos segmentos eclesiais que muito se “acomodaram” ao confiar nas representações do Estado como a um amigo, esquecendo-se da importância da continuidade das lutas por novas conquistas. Por outro lado, não devemos deixar de considerar o novo afã de desejo de mudança social com o levante popular provocado pela sociedade, com destaque aos jovens, nas últimas manifestações, como reaquecimento e indicador para todas as transformações sociais, com democracia não somente representativa e sim, participativa, deixando “um alerta para a sociedade. Não é mais possível negar os direitos e a participação dos cidadãos/as invisibilizados/as (Carta Nacional Conclusiva da V Semana).

Presenciamos, em nossa percepção local, a veloz chegada de grandes empresas, investimentos, empreendimentos faraônicos com promessas fundadas na ideologia do progresso, embasado no capitalismo estritamente financeiro. Daí nossa inquietação: Progresso – para que e para quem? Para além dos poucos e passageiros empregos gerados, que legado ficará para esta e próximas gerações?

Frente a estas indagações e acerca do Estado – para que e para quem? O poder emana do povo e é exercido por meio dos seus representantes legais nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, cabendo ao cidadão exercer o seu direito de participação na construção de fato deste Estado democrático de direito, em suas lutas sociais por/com políticas públicas.



Apresentando esse ensejo histórico, somos convidados, juntamente com tantas outras forças e organizações que visam o bem comum, a participar dos espaços de monitoramentos dessas políticas públicas, dos Conselhos municipais, das sessões das Câmaras de Vereadores, dos momentos de conscientização politica, tanto eclesial como em movimentos de iniciativas populares, de sindicatos, associações.

Observação: Esta carta está incompleta, quem quizer a carta completa entrar em contato com Eliana Fernandes.